Rio de Janeiro no Século 16
Fonte principal: Governo do Rio de Janeiro
A primeira expedição exploratória enviada ao Brasil pelos portugueses chegaram ao que lhes parecia ser a foz de um grande rio e chamaram-no de Rio de Janeiro. Era 1º de janeiro de 1502. Tratava-se, na realidade, da entrada da barra da Baía de Guanabara.
Em 1503, foi fundada a primeira colônia europeia no Brasil, em Porto Seguro. No final do mesmo ano, uma segunda colônia foi fundada em Caravelas, na Bahia. Desenvolveu-se o comércio de pau-brasil.
A partir de 1504, navios franceses passaram a explorar o litoral brasileiro, em busca de pau-brasil.
Em abril de 1531, desembarca no Rio de Janeiro, Martim Afonso de Sousa comandando uma frota de cinco navios. Permanece 3 meses, improvisa uma ferraria para conserto de embarcações e constrói dois bergantins de 15 bancos para uso dos colonos.
Em 1534, o Rei D. João III decide dividir o Brasil em 15 Capitanias Hereditárias, para 12 fidalgos cuja obrigação principal era ocupar e desenvolver a agricultura em suas terras, defendendo-se dos ataques dos índios e dos contrabandistas. O território hoje ocupado pelo Rio de Janeiro foi entregue aos donatários da Capitania de São Vicente, doada em 1534 a Martim Afonso de Sousa, e a de São Tomé, doada em 1536 a Pero Góis da Silveira, vizinha do Espírito Santo. O donatário de São Tomé fundou a Vila Rainha, perto do Rio Itabapoana desenvolvendo a lavoura canavieira, mas esta foi constantemente atacada pelos índios Goitacases, provocando a fuga dos colonos para o hoje Espírito Santo. A capitania de São Vicente foi povoada apenas na parte sul do quinhão que lhe coube e se desenvolveu em torno do porto de São Vicente, hoje em São Paulo. Martim Afonso de Sousa concedeu algumas sesmarias na região de Parati e Angra dos Reis, em 1556.
1548 - Com o permanente assédio dos franceses sobre os índios para comercializar o pau-brasil, resolve o Rei de Portugal criar um governo geral destinado a auxiliar os donatários especialmente na luta contra os índios, que não paravam de atacar vilas e engenhos, destruindo as plantações dos colonos. É nomeado o fidalgo português Thomé de Sousa, primeiro governador do Brasil.
1549 - Thomé de Sousa desembarca na Bahia e funda a Cidade do Salvador, nossa primeira capital.
1552 - Nesse época, o litoral fluminense encontra-se praticamente despovoado, Thomé de Sousa comunica ao Rei que na baía de Guanabara nada havia e ali se devia mandar fazer “uma povoação honrada e boa “, pois era ponto preferido pelos franceses.
1555 - Durante o governo de D. Duarte da Costa, sucessor de Thomé de Sousa, instalou-se em ilhotas, na entrada da baía de Guanabara, uma expedição francesa de 100 homens, comandada pelo Vice-Almirante Villegagnon. É construído o forte de Coligny na ilha, onde se situa hoje a Escola Naval. Funda-se aí a França Antártica, que dois anos depois recebe o reforço de 300 colonos calvinistas.
1560 - O 3º governador geral, Mem de Sá, recebe ordens para expulsar os franceses. Reúne todas as forças de que dispõe, tanto na Bahia quanto em Capitanias vizinhas e, após vários combates, derrota os franceses, inutilizando suas fortificações. Alguns franceses escaparam para as matas com o auxílio dos Tamoios, voltando a frequentar a baía quando o governador retorna para Salvador.
1565 - Chega de Portugal o capitão-mor Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, à frente de nova expedição com a incumbência de fundar uma cidade mantendo a posse da terra pelos portugueses. A 1º de março, ocorre a fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, na várzea existente entre os morros do Pão de Açúcar e morro Cara de Cão. Foi a segunda cidade fundada no Brasil, depois de Salvador.
1567 - Após prolongada luta com os Tamoios e seus aliados franceses, a nova cidade foi transferida para o Morro do Castelo. Na ocasião, delimitou-se uma área quadrada de seis léguas de lado, fundando aí a Capitania Real do Rio de Janeiro sob o comando de Salvador Correa de Sá. Essa foi a segunda capitania real do Brasil, depois da Bahia.
1568 - Portugueses concedem aos índios que colaboram nas lutas contra os franceses, favores do governo. Araribóia, chefe da tribo dos Temimimós, obtém como recompensa pelos serviços, quatro léguas de terra na margem oriental da Baía de Guanabara. Aí fundou-se a povoação de São Lourenço, que muito mais tarde daria origem à cidade de Niterói.
Em 1572, Portugal decide dividir o Brasil em dois governos para melhor administrar, sediados um em Salvador e o outro no Rio de Janeiro. O governador deste, Dr. Antonio Salema, combateu os índios da região de Cabo Frio que, aliados aos franceses, auxiliavam no contrabando de pau-brasil. As tribos locais foram praticamente exterminadas. Inicia-se a ocupação definitiva com a criação de aldeias povoadas, freguesias e vilas.
Em 1578, A América Lusitana foi novamente unificada, com capital em Salvador.
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